Junkers Ju 87 "Stuka"

O Junkers Ju 87 popularmente conhecido como “Stuka” foi um avião bombardeiro de mergulho projetado por Hermann Pohlmann e fabricado pela empresa alemã Junkers Flugzeug und Motorenwerke A.G. e que foi amplamente utilizado pela força aérea alemã (Luftwaffe) sobretudo durante as fases iniciais da 2ª Guerra Mundial.

O Ju-87 foi um dos aviões mais famosos da Luftwaffe e se bem que a terminologia genérica alemã para os bombardeiros de mergulho fosse “Sturzkampfflugzeug”, o “Stuka” foi o mais famoso e assustador de todos eles.

O primeiro voo do “Stuka” foi realizado a 17 de setembro de 1935, tendo a produção em série começado quase de imediato já que entrou ao serviço ativo em 1936. Pouco tempo depois foi enviado para ser testado operacionalmente na Guerra Civil Espanhola onde foi tripulado por pilotos voluntários da Legião Condor, em testes de bombardeamentos aéreos sobre cidades espanholas, utilizando bombas de 500 kg.

O Stuka era um avião monomotor, biposto, de asa baixa em gaivota invertida, de construção totalmente metálica e trem de aterragem fixo. Era feio, preciso e podia transportar uma grande carga em armamento tendo em conta o seu reduzido tamanho. Porém, era muito vulnerável aos caças inimigos já que possuía uma velocidade relativamente baixa e não era particularmente bem blindado nem resistente em comparação com outros aviões mais modernos, o que exigia superioridade aérea para ser eficazmente utilizado.

 A partir do modelo B-2, o avião passou a dispor de um sistema que fazia com que o avião recuperasse automaticamente da manobra de mergulho após o lançamento das bombas. Também foram instaladas sirenes de mergulho (chamadas trombetas de Jericó), que eram acionadas durante os mergulhos para criar um efeito psicológico nos alvos e nas populações civis, aumentando o impacto psicológico dos ataques.

Extensivamente usado durante as invasões da Polónia, da França e nos primeiros estágios da Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética, durante a Batalha de Inglaterra, onde os alemães não dispunham de superioridade aérea, sofreu pesadas baixas.

À medida que a guerra progredia e as táticas e tecnologias de combate aéreo evoluíam, o Ju 87 foi ficando cada vez mais obsoleto. No entanto, apesar de a produção ter sido suspensa várias vezes, foi sendo sucessivamente reativada pois, na realidade, não existia na Luftwaffe outro avião que o pudesse substituir dignamente.

As últimas versões do Ju 87 (Modelo G – Gustav) foram introduzidas na frente oriental no início de 1943 e utilizadas como plataformas antitanque. Estas versões estavam maioritariamente equipadas com dois canhões Bordkanone BK 3.7 de 37 mm montados em estacões sob as asas.

Durante a vida operacional foram desenvolvidas mais de uma dúzia de versões do Ju-87 que resultaram em cerca de 5 900 unidades construídas.