Aichi D3A (Val)

O Aichi D3A (“Val” para os aliados) (Type 99 Carrier Bomber - Bombardeiro de ataque naval tipo 99) foi o principal bombardeiro embarcado, japonês, de voo picado (mergulho) que operou durante o início da 2ª Guerra Mundial no teatro do Pacífico.

Projetado e construído pela pela Aichi Kokuki KK para substituir o biplano Aichi D1A, o D3A era um avião monoplano, monomotor e possuía asas baixas de formas elípticas, muito idênticas às do Heinkel He 70 alemão. Para muitos é o equivalente japonês do Junkers Ju 87 (Stuka).

O D3A mostrou ser um bombardeiro de mergulho altamente eficiente e que podia inclusive, após largar as suas bombas, enfrentar os caças americanos existentes no início da Guerra do Pacífico. No entanto, ficaram rapidamente obsoletos devido ao trem de aterragem fixo e ao motor pouco potente e eficiente, o que limitava a velocidade. Sendo considerado inadequado logo em 1940, já era considerado obsoleto aquando do ataque a Pearl Harbor.

Ainda assim, quase 150 aviões deste tipo participaram e tiveram um papel importante, no ataque a Pearl Harbor a 7 de dezembro de 1941. Em abril de 1942, afundaram um porta-aviões e dois cruzadores britânicos, atingindo-os com 90% das bombas lançadas, o que mostra a sua eficácia quando operado por equipas altamente experientes. O Aichi D3A foi inclusivamente o avião do eixo responsável pelo afundamento de maior tonelagem naval aliada durante o conflito.

Ainda se substituiu o motor por um mais potente, mas consumia ainda mais combustível e houve necessidade de instalar tanques adicionais. Porém, isso levou a que o avião ficasse mais pesado e com uma capacidade mais reduzida para transportar bombas por longas distâncias.

Com a entrada ao serviço do avião Yokosuka D4Y, os aviões da D3A começaram, progressivamente, a deixar de ser utilizados em porta-aviões, para passarem a ser usados a partir de terra.

A partir do D3A ainda chegou a ser projetado um protótipo um pouco menor e com trem de aterragem retrátil que se denominou D3N, porém não chegou a entrar em produção.

Ao todo fabricaram-se quase 1 500 aparelhos e na fase final da guerra foram usados pelos pilotos japoneses em ataques “kamikaze”.