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Messerschmitt Me-321 Gigant |
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| - Planador pesado de transporte militar - Alemanha (1941) - |
| Resumo Histórico | Especificações | Versões & Variantes | Principais Utilizadores | Historial | Galeria | Vídeos | Profiles | Fontes | |
| Descrição | Gerais | ||||||||
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Foto: (1) - Messerschmitt Me-321 Gigant robocado por um Heinkel He 111 Z de fuselagem dupla
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O Messerschmitt Me-321 Gigant foi um planador de assalto pesado, da Luftwaffe, desenvolvido em 1940 tendo em vista apoiar a nunca concretizada Operação “Leão Marinho” (Invasão da Grã-Bretanha), durante a 2ª Guerra Mundial. Durante os preparativos para uma possível invasão da Grã-Bretanha tornou-se óbvio para o comando da Luftwaffe que havia uma crescente necessidade do aumento da capacidade de carga aerotransportada e que os Junkers Ju 52, principais aviões alemães de transporte militar da altura, não tinham capacidade para tal. Entretanto, entre 10 de julho de 1940 e 31 de outubro de 1940, dá-se a Batalha da Grã-Bretanha e os planos para a Operação “Leão Marinho” foram cancelados, em dezembro de 1940, uma vez que se chegou à conclusão que não seria com combates aéreos que os Britânicos se renderiam ou capitulariam. Começa então o planeamento para a Operação “Barbarossa” (invasão da União Soviética) e decidiu-se que a solução mais económica para suprir a crescente necessidade de aviões de transporte era o uso de planadores. Por conseguinte, a Luftwaffe emitiu um concurso para o rápido desenvolvimento de um Grossraumlastensegler ("planador de transporte de grande capacidade") para os fabricantes de aviões Junkers e Messerschmitt. A especificação exigia que o planador fosse capaz de transportar um canhão antiaéreo de 88 mm mais seu trator de reboque, um tanque médio ou até 200 soldados completamente equipados. O projeto apresentado pela Messerschmitt garantiu o contrato para a empresa e inicialmente foi dada a designação RLM de Me-263. Posteriormente a designação foi alterada para Me-321. O Me-321 foi projetado e construído pela Messerschmitt e possuía uma estrutura feita de tubos de aço, as longarinas eram feitas de madeira e a cobertura da estrutura era de tecido. Isso permitiu uma construção rápida, para além de uma grande economia no peso do aparelho. Tratava-se de um planador de asa alta com escoras externas e possuía amplos portalós na proa, que permitiam um fácil e rápido carregamento/descarregamento do aparelho. O nariz do Me-321 tinha mais de 6 m de altura e, comparativamente ao Ju 52, oferecia uma área de carga seis vezes maior e com cerca de 100 m2, podendo transportar uma carga de até 23 toneladas. O espaço de carga tinha sido aliás projetado tendo por base o sistema ferroviário padrão alemão por forma a que qualquer carga que pudesse ser transportada por comboio, poderia caber num Me-321. Devido ao seu enorme tamanho, o Me-321 foi apelidado de Gigant ("Gigante"). O primeiro voo do protótipo Me-321 V1 ocorreu em 25 de fevereiro de 1941, tendo sido na altura rebocado por um Ju 90 e pilotado pelo piloto de teste da Messerschmitt Karl Baur. Na sequência dos testes realizados decidiu-se ampliar o cockpit para acomodar um copiloto e operador de rádio e foram montados controles duplos além de servo motores para facilitarem a movimentação dos enormes bordo de fuga. Os primeiros Me-321 entraram em serviço em maio de 1941 e foram sediados em Leipheim. Operacionalmente, não se pode dizer que tenha sido um projeto muito bem-sucedido, principalmente porque a descolagem e voo deste gigantesco planador só era possível usando como rebocadores 3 Messerschmitt Bf 110 ou um Heinkel He 111 Z de fuselagem dupla e os mesmos tinham um alcance máximo de apenas 400 km, o que era manifestamente insuficiente na vastidão da frente oriental. Assim, decidiu-se montar motores no Messerschmitt Me-321, projeto esse que viria a dar origem ao maior avião de transporte militar da 2ª Guerra Mundial, o Messerschmitt Me-323. |
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Esquema B&W: (2) - Messerschmitt Me-321 Gigant - 3 vistas
| País de origem | Fabricante |
| Alemanha | Messerschmitt |
| Tipologia de missão / Função | |
| Planador pesado de transporte militar | |
| Projeto antecedente | Desenvolvido em |
| Messerschmitt Me-323 | |
| 1º voo | Introduzido |
| 25 de fevereiro de 1941 | 1941 |
| Período de produção | Aposentado |
| Junho de 1941 - Abril 1942 | |
| Design | Quantidade produzida |
| Entre 150 e 200 aparelhos | |
| Custo unitário | Variantes |
| Período histórico | |
| 2ª Guerra Mundial | |
CARACTERÍSTICAS GERAIS - Me 321B
| Comprimento | Envergadura | Altura | Superfície alar |
| 28,15 m (92.4 ft) | 55 m (180.5 ft) | 10,15 m (33.4 ft) | 300 m² (3 200 ft²) |
| Peso vazio | Peso carregado | Peso máximo à descolagem | Teto máximo |
| 12 200 kg (26 896 lb) | Kg ( lb) | 34 400 kg (75 839 lb) | m ( ft) |
| Velocidade Máxima (Vno) | Velocidade de cruzeiro | Autonomia bélica | Autonomia (MTOW) |
| 180 km/h (110 mph; 97 kn) | Km/h | Km | Km |
| Regime de subida | Carga alar | Potência/Peso | Alongamento |
| 2,5 m/s quando rebocado por três aviões Messerschmitt Bf 110 numa Troika-schlepp (tripla torção) | Kg/m² | kW/Kg | 10.1 |
| Tripulação / Capacidade | |||
| 3 tripulantes + 200 soldados completamente equipados ou uma carga de 20 000 kg (44 000 lb) | |||
| Motorização | |||
| Sem motorização própria | |||
| Armamento / Carga bélica | |||
| Metralhadoras / Canhões | |||
| Messerschmitt Me-321 B - 2 a 4 metralhadoras MG 15 de calibre 7,92 mm (0.312 in) Messerschmitt Me-321 E - 11 canhões de 20 mm + 4 metralhadoras MG 15 de calibre 7,92 mm (0.312 in) |
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| Messerschmitt Me-321 B |
| - Planador pesado de transporte militar - |
| A versão inicial, designada Messerschmitt Me-321 B, tinha uma tripulação de três elementos e estava armada com quatro metralhadoras MG 15 de calibre 7,92 mm. |
| Messerschmitt Me-321 E |
| - Planador pesado de transporte militar - |
| A versão Messerschmitt Me-321 E tinha uma tripulação de 11 elementos e o número de armas de proteção foi aumentado para 11 canhões de 20mm e 4 metralhadoras MG 15 de calibre 7,92mm. |
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| Alemanha |
O Messerschmitt Me-321 Gigant foi um planador de transporte pesado, de asas altas com escoras externas, usado pela Luftwaffe durante a 2ª Guerra Mundial.
As origens do Messerschmitt Me-321 remontam a 1940 quando começaram a ser realizados os preparativos para uma eventual invasão da Grã-Bretanha (também chamada de Operação Leão Marinho). Cedo, o alto comando da Luftwaffe percebeu que para essa invasão necessitaria de um aparelho com uma capacidade de carga muito superior à que o Junkers Ju 52, o seu habitual avião de transporte, poderia oferecer.
Mas os alemães perderam a Batalha de Inglaterra e os planos para a Operação Leão Marinho foram arquivados por tempo indeterminado. Porém, o trabalho entretanto já realizado não foi desperdiçado já que que se avizinhava uma nova campanha, a invasão da União Soviética (Operação Barbarossa). O alto comando da Luftwaffe decidiu que a solução mais económica e rápida para suprimir a crescente necessidade de aviões de transporte era o uso de planadores.
Assim, a Luftwaffe emitiu, em 18 de outubro de 1940, um concurso para o rápido desenvolvimento de um Grossraumlastensegler ("planador de transporte de grande capacidade") para os fabricantes de aviões Junkers e Messerschmitt. Nas especificações iniciais era exigido, entre outras coisas, que o planador fosse capaz de transportar um canhão antiaéreo de 88mm mais o seu trator de reboque ou um tanque médio PzKpfw IV.
A Junkers concorreu com o Junkers Ju 322 Mammut mas o projeto vencedor foi o da Messerschmitt. Inicialmente, o RLM (Reichs Luftwaffe Ministerium – Ministério da Força Aérea do Reich) atribuiu-lhe a designação Me-263, mas posteriormente foi alterada para Me-321.
O Me-321 tinha uma estrutura realizada em tubos de aço com as longarinas em madeira e a cobertura da estrutura em tecido. Isso permitia uma construção rápida além de um peso relativamente pequeno. Devido às suas enormes dimensões, o Me-321 foi apelidado de Gigant ("Gigante").
Na realidade, o Messerschmitt Me-321 era realmente enorme para a altura e oferecia a possibilidade de transporte de cargas muito superiores às de qualquer outro avião. Por exemplo, se tomarmos como comparativo o Junkers Ju 52, o Me-321 oferecia uma área de carga seis vezes maior (por volta dos 100 m2), podendo transportar cargas até às 23 toneladas. Para além disso o compartimento de carga tinha sido projetado baseado no sistema ferroviário padrão alemão, ou seja, qualquer carga que pudesse ser transportada por comboio poderia caber num Me-321.
O primeiro protótipo, designado Messerschmitt Me-321 V1, realizou o seu primeiro voo em 25 de fevereiro de 1941. Foi pilotado pelo piloto de testes da Messerschmitt, Karl Baur, e partiu carregado com um lastro de apenas 3 toneladas.
Os testes vieram a revelar que o Messerschmitt Me-321 não era um aparelho fácil de pilotar. Assim, decidiu-se ampliar o cockpit para acomodar um copiloto e um operador de rádio, bem como montar controlos duplos e servomotores para facilitarem o controlo e a movimentação dos enormes bordos de fuga, a fim de se tornar mais fácil pilotar o enorme “Gigant”.
Mas os testes vieram mostrar outro problema. O Me-321 V tinha sido projetado para ser rebocado por um Junkers Ju 90, mas este, apesar dos seus 3200 cv de potência, mostrou-se insuficiente para a função. Uma vez que não havia aviões-rebocadores específicos para isso, a alternativa passou por usar três Messerschmitt Bf-110 para rebocar o Me-321. Esse conjunto foi denominado de Troikaschlepp.
No entanto essa alternativa era muito perigosa. Por um lado, se durante a descolagem algum avião tivesse um problema, todo o conjunto corria um sério risco de se despenhar e por outro, como já em pleno voo os aviões seguiam muito juntos, havia grandes probabilidades de colisão, sobretudo quando havia necessidade de realizar “curvas”. Assim, os pilotos que operavam nas Troikaschlepp tinham que ser muito experientes.
A solução passou pela criação de um avião-rebocador específico para essa função. Esse avião foi o Heinkel He 111Z "Zwilling" (“gemeo”). Basicamente, tratava-se de dois Heinkel He 111 acoplados e equipados com cinco motores que debitavam no conjunto 6700 cv de potência, suficientes para rebocar com segurança o Messerschmitt Me-321. Esta solução, ao contrário da anterior, permitia a utilização de pilotos menos experientes.
Aquando da procura de soluções para o reboque do Messerschmitt Me-321 começou a surgir a ideia de o equipar com motores a fim de o tornar mais operacional e autónomo. Esses estudos levaram ao desenvolvimento de um novo avião, o Messerschmitt Me-323 Gigant.
Os primeiros Messerschmitt Me-321 entraram ao serviço em maio de 1941 e foram sediados na cidade alemã de Leipheim no Estado da Baviera.
O Messerschmitt Me-321 é, entretanto, chamado para a frente oriental e aí mostra todas as suas limitações, sendo eventualmente a maior delas a pequena autonomia. Apesar de ser rebocado, o alcance máximo que se consegue atingir é de apenas 400 km, o que é muito pouco, sobretudo tendo em conta a imensidão da União Soviética.
Na primavera de 1942, os Messerschmitt Me-321 são retirados do teatro de operações da frente oriental, como parte dos preparativos para a invasão de Malta.
Em dezembro desse mesmo ano são enviados novamente para a União Soviética a fim de serem usados na missão de abastecimento das tropas do 6º Exército do General Friedrich Paulus, sitiadas em Stalingrado. No entanto, quando chegam à linha de frente não havia pistas de aterragem disponíveis ou em condições para estes operarem e são enviados de volta à Alemanha.
Após o cancelamento da operação em Stalingrado, os planadores Me-321 são desmantelados ou desativados. Alguns são convertidos em Me-323.
Entre os anos 1941 e 1942 foram produzidos cerca de 150 planadores Me-321 (algumas fontes indicam 200) mas nenhum exemplar sobreviveu à guerra.
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