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P&H - ALENIA / AERMACCHI MB-326
P&H - ALENIA / AERMACCHI MB-326

Aermacchi MB-326 / Embraer EMB-326 Xavante (AT-26) / Atlas Impala 2

- Avião de treino / Ataque ligeiro - Itália (1962) -

Resumo Histórico Especificações Versões & Variantes Principais Utilizadores Historial Galeria Vídeos Profiles Fontes
Descrição Gerais
                   

  ALENIA / AERMACCHI MB-326  

Foto: (1) - Alenia/Aermacchi MB-326

     

RESUMO HISTÓRICO


O Aermacchi MB-326 foi um dos melhores jatos de treino militar da sua época tendo sido desenvolvido pela companhia italiana Aermacchi (Aeronáutica Macchi).

O Aermacchi MB-326 era um avião de asa baixa e desenho convencional e possuia um cockpit bem equipado. O primeiro protótipo estava equipado com um turborreator Piaggio Rolls-Royce Bristol Siddeley Viper 8 com apenas 785 kgf de potência e realizou o primeiro voo em 10 de dezembro de 1957. Verificou-se que o motor era pouco potente para as necessidades e assim o segundo protótipo recebeu o fiável, simples e robusto turborreator Rolls-Royce Viper 11 de 1.134 kgf. Este motor foi o que equipou os primeiros modelos de produção. No entanto, até ao final do projeto muitas outras alterações foram introduzidas, algumas delas para responder a pedidos específicos de alguns clientes.

Este avião foi criado porque a Aermacchi percebeu o potencial de mercado para um avião de treino a jato para fazer a transição operacional dos pilotos para os novos caças a reação que começavam a entrar em serviço. Teve como principais rivais neste campo o Cessna T-37 e o BAC145 Jet Provost.

O MB-326 alcançou o sucesso tanto pelo baixo custo de produção, como pelos baixos custos operacionais, sendo um avião versátil, ágil e manobrável. Por estas qualidades, foram também desenvolvidas versões para ataque ao solo e para operações antiguerrilha. Algumas das versões eram monolugares.

Os Aermacchi MB-326 foram utilizados pela força aérea italiana até 1981, altura em que foram substituídos pelo Aermacchi MB-339.

O Aermacchi MB-326 foi fabricado sob licença na Austrália, Brasil (Embraer EMB-326 Xavante, mais conhecida na FAB como AT-26) e África do Sul como  (Atlas Impala 2) . No total foram fabricadas 778 unidades que operaram em catorze países.

 

  Aermacchi MB-326  

Esquema B&W: (2) - Alenia / Aermacchi MB-326 - 3 vistas


ESPECIFICAÇÕES


DESCRIÇÃO

País de origem Fabricante
Itália Alenia Aermacchi / Embraer / Atlas Aircraft Corporation
Tipologia de missão / Função
Avião de treino / Ataque ligeiro
Projeto antecedente Desenvolvido em
  Aermacchi MB-339
voo Introduzido
10 de dezembro de 1957 Fevereiro de 1962
Período de produção Aposentado
1961 - 1975  
Design Quantidade produzida
  +/- 800 aparelhos
Custo unitário Variantes
  Várias - Consultar aqui
Período histórico
 

CARACTERÍSTICAS GERAIS - Aermacchi MB-326G

Comprimento Envergadura Altura Superfície alar
10.65 m (34,11 ft)   10.85 m (35,7 ft) Com tanques nas pontas das asas   3.72 m (12,2 ft)   19.35 m² (208,3 ft²)
Peso vazio Peso carregado Peso máximo à descolagem Teto máximo
2 685 kg (5 919 lb)  Kg ( lb) 4 577 kg (10 091 lb)   14 325 m (46 9980 ft)
Velocidade Máxima (Vno) Velocidade de cruzeiro Autonomia bélica Autonomia (MTOW)
867 km/h (539 mph, 468 kn) 797 km/h (495 mph, 430 kn) 1 850 km (1 150 mi, 1 000 nmi) 2 445 km (1 519 mi, 1 320 nmi)
Regime de subida Carga alar Potência/Peso Alongamento
30.733 m/s  Kg/m²  kW/Kg 5.9
Tripulação / Capacidade
2 (Pupilo + instrutor) ou 1 (Piloto)
Motorização
1 motor turbojato Armstrong Siddeley Viper / Bristol Siddeley Viper Mk.11 com um empuxo de 1 133 kgf (11 100 N, 15,2 kN, 3 410 lbf))
Armamento / Carga bélica
Metralhadoras / Canhões
Possibilidade para pods sob as asas para 2 metralhadoras de 7.7 mm (0,303 in)
Foguetes / Misseis / Bombas
Até 1 800 kg (4 000 lb) para armamentos em seis pontos duros nas asas podendo ser: Pods de armas, bombas, misseis ou foguetes

VARIANTES E VERSÕES


Aermacchi MB-326K
- Ataque ligeiro - 

O Aermacchi MB-326K era uma versão monolugar melhorada da série 326, quer em termos de potência, quer em termos de capacidade bélica. O espaço utilizado na parte posterior do cockpit passou a albergar um depósito suplementar de combustível, munições e o sistema de aviónica. Estava equipado com um turborreactor Rolls-Royce Viper 632-43 com 1814 kg de potência, atingia uma velocidade máxima de 890 km/h e tinha um raio de ação a baixa altitude de 268 km.

Possuía dois canhões DEFA 553 de 30 mm com 125 munições, seis suportes subalares com capacidade para metralhadoras, lança-foguetes, mísseis ar-ar e bombas, podendo ainda integrar um módulo para quatro câmaras de reconhecimento aéreo.

Tinha uma envergadura de 10,85 m, um comprimento de 10,67 m e uma superfície alar de 19,35 m2. O seu peso vazio era de aproximadamente 3 123 kg, podendo ir até aos 5 895 kg à descolagem.

Tripulação Comprimento Envergadura Altura Superfície alar
1 10.67 m 10.85 m 3.72 m 19.35 m2
Peso vazio
Peso máximo à descolagem
Velocidade máxima Autonomia Altitude operacional
3 123 kg  5 897 kg 890 km/h 268 a 1 036 km   m 
Motorização
1 turborreator Rolls-Royce Viper 632 de 1 814 kg de impulso
Armamento
2 canhões DEFA de 30 mm, bombas de 454 kg, metralhadoras de 7.62 mm, rockets  e vários tipos de mísseis
 
Embraer EMB-326 Xavante
- Avião de treino / Ataque ligeiro -

No final dos anos 60 o Brasil necessitava de um moderno caça supersónico (que viria a ser o Mirage III) e esse facto obrigava igualmente à aquisição de um moderno avião de treino que permitisse a adequada preparação aos pilotos que iriam operar esses caças uma vez que os jatos T-33A que dispunham não eram indicados para essa função.

O Ministério da aeronáutica brasileira tinha ainda a intenção de adquirir um avião que pudesse ser fabricado no Brasil, uma vez que desejavam uma indústria aeronáutica independente. Assim era necessário encontrar um parceiro que oferecesse condições contratuais vantajosas que permitissem a construção do avião no Brasil. Após a avaliação de várias propostas a escolha recaiu no Aermacchi MB-326G, produzido pela empresa italiana Aermacchi (Aeronáutica Macchi).

O contrato de licença para fabricação pela Embraer foi efetivado em 1970. A Embraer enviou engenheiros para fazer cursos na cidade de Varese, onde ficava a empresa da Aermacchi e técnicos e engenheiros italianos deslocaram-se ao Brasil para apoiar no desenvolvimento do projeto. Para atender às necessidades da FAB, foram feitas algumas alterações relativamente ao modelo original pois para além das missões de treino, o Embraer EMB-326 Xavante deveria servir de apoio técnico e militar a outras missões.

A versão brasileira do MB-326GB foi denominada Embraer EMB-326 “Xavante”. O nome brasileiro foi dado em homenagem às tribos indígenas guerreiras do Brasil pré-descobrimento. Esta aeronave era também denominada AT-26 pela FAB (Força Aérea Brasileira), indicando a sua dupla função de ataque e treino.

Os Xavantes entraram em operação em 1971 e continuaram em produção até 1981, sendo o primeiro avião a reação construído em série no Brasil e o terceiro modelo entrar em produção na Embraer.

Em 03 de setembro de 1971, o Xavante fez o eu primeiro voo de teste. Esse voo demorou cerca de 90 minutos e decorreu sobre a região de São José dos Campos e cidades do sul de Minas, com grande entusiasmo da comunicação social brasileira, pelo “primeiro jato totalmente fabricado no país”. O primeiro voo oficial decorreu no dia 07 de setembro, durante as comemorações do Dia da Pátria.

Um total de 166 aviões foram construídos pela Embraer para a Força Aérea Brasileira, sendo as demais exportadas para o Togo (6 unidades) e o Paraguai (10 unidades). Onze aviões usados foram doados à marinha Argentina depois da guerra das Malvinas para repor as perdas desta força no conflito.

Apesar do Brasil construir os seus próprios aviões, o custo destes era elevado e a FAB, em meados do ano 2000, decidiu prolongar a vida operacional da sua frota de Xavantes. Para isso e já que se tornava mais barata essa opção, em finais de 2005, adquiriu à África do Sul 22 células do Atlas Impala MK.II, assim como 48 motores Viper, dado que nessa altura a Africa do Sul estava a substituir os seus Aermacchi MB-326 pelo BAe Hawk. O biposto Xavante e o monoposto Impala II utilizavam a mesma turbina. A grande diferença entre ambos era que os Impala II estavam equipados com metralhadoras fixas enquanto que os Xavantes precisavam de usar casulos de metralhadoras.

As peças de reposição e os motores seriam para ser utilizados diretamente nos aviões brasileiros e os aviões adquiridos seriam para desmantelar, servindo como fonte de peças. No entanto, após vistorias rigorosas aos aviões sul-africanos ficou demonstrado que as peças apresentavam excelentes condições de conservação, tomando-se a decisão de colocar 12 dos Impalas no ativo (10 monolugares e 02 bilugares).

Estes aviões receberam a designação AT-26A e, inicialmente, operaram com o padrão de camuflagem da SAAF sendo, posteriormente, pintados com as cores padrão da frota de Xavantes da FAB. Foram mantidos em operação até dezembro de 2010, altura em que foram desativados juntamente com toda a frota de AT-26.

Tripulação Comprimento Envergadura Altura Superfície alar
   m  m  m  m2
Peso vazio
Peso máximo à descolagem
Velocidade máxima Autonomia Altitude operacional
 kg   kg  km/h  km   m 
Motorização
  
Armamento
  
 
ATLAS IMPALA 2
- Avião de treino / Ataque ligeiro -

A África do Sul obteve, na década de 1960, o licenciamento para a produção do jato de treino avançado Aermacchi MB-326G, sendo os mesmos produzidos pela Atlas Aircraft Corporation sob a designação de Atlas Impala 2.

A África do Sul, para além de versões bilugares, fabricou também versões monolugares que utilizou sobretudo em conflitos contra Angola e Namíbia. Estes aparelhos diferiam das versões de treino sobretudo por possuírem dois canhões de 30 mm que lhe conferiam um excelente poder de fogo em missões de ataque a solo ou intercetação. Podiam ainda transportar até 1814 kg de carga útil, dispostas em seis pontos de fixação sobre o dorso, para além de possuir uma grande panóplia de contramedidas passivas de defesa, entre elas lançadores de chaff e flare, para além de radares RWR. Tudo isto tornava os Impala 2 num terrível adversário.

Em 2005 parte dos seus aviões foram vendidos ao Brasil, pois por essa altura a África do Sul estava a substituir os Aermacchi MB-326 pelo BAe Hawk.

Tripulação Comprimento Envergadura Altura Superfície alar
   m  m  m  m2
Peso vazio
Peso máximo à descolagem
Velocidade máxima Autonomia Altitude operacional
 kg   kg  km/h  km   m 
Motorização
  
Armamento
  
 
 

PRINCIPAIS UTILIZADORES


Itália África do Sul Argentina Brasil Camarões Congo Dubai Emirados Árabes Unidos
 
E.U.A. Gana Paraguai Togo Tunísia Zaire Zâmbia  

HISTORIAL


Texto

Aviões de comparável missão, configuração e época

188x141 px      
Aero L-29 Delfin BAC 145 Jet Provost BAC 167 Strikemaster Cessna T-37
       
Dassault/Dornier Alpha Jet Fuji T-1 Lockheed T-33 PZL TS-11 Iskra
       
Soko G-2 Galeb      

GALERIA


 
(4) - Aterragem de um Commonwealth CA-30 (MB-326H)  da Royal Australian Air Force (RAAF)  na Base Aérea da RAAF em Edimburgo   (3) - Aermacchi MB-326H da Royal Australian Air Force (RAAF)
Base da Força Aérea de Fairford - EGVA, Reino Unido

VIDEOS


 

PROFILES


Aermacchi MB-326  
  Aermacchi MB. 326E, MM.542I7, '51-75', 651- 51ª Ala de Caças, Força Aérea Italiana, Istrana  
     

 
  Aermacchi CA.30, A7-057, 76º Esquadrão da Royal Australian Air Force, Williamtown, meados de 1998  
     

INFORMAÇÃO ADICIONAL / FONTES


Sites e Blogs
Wikipedia-Pt Wikipedia-Eng
   
Bibliografia - Livros
 
Aviões de Guerra  
Bibliografia - Revistas
 
Model Airplane International - Issue 75 - 10/2011  
Créditos Fotográficos e outros
(1) -  Stefano Benedetto, via flickr (2) - MMK-Draw, CC BY-SA 4.0, através da wiki Wikimedia Commons
(3) - Aldo Bidini (GFDL 1.2 or GFDL 1.2), via Wikimedia Commons (4) - Daniel Tanner, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
 

  


Última atualização da página: 18/12/2022