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M1 / M1A1 / M1A2 / Abrams |
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- Carro de combate principal - EUA (1980) - |
Resumo Histórico | Especificações | Variantes/ versões | Principais Utilizadores | Historial | Galeria | Videos | Profiles | Fontes | |
Descrição | Gerais | ||||||||
Link original: M1-A1 Abrams 1.jpg
RESUMO HISTÓRICO
O M1A2 Abrams é o principal carro de combate (Main Battle Tank) do Exército dos Estados Unidos da América e entrou ao serviço em substituição do M47 Patton. As versões mais recentes do M1A2 dispõem de nova blindagem e eletrónica e é considerado um dos mais eficientes veículos de combate do mundo, por empregar elevada tecnologia, além de possuir modernas blindagens, armamentos e sensores. O Abrams foi assim batizado em homenagem ao General Creighton Abrams, antigo comandante do 37º Batalhão Blindado. |
Esquema B&W:
ESPECIFICAÇÕES
País de origem | Tipologia de missão / Função |
E.U.A. | |
Design / Criador | Fabricante |
Detroit Arsenal Tank Plant (1982 - 1996) Lima Army Tank Plant (1980 -presente) |
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Projeto antecedente | Custo unitário |
Período de produção | Quantidade produzida |
+/- 9 000 veículos | |
Introduzido em | Retirado em |
1980 | |
Data de criação | Período histórico |
Guerra do Golfo; Guerra do Afeganistão |
CARACTERÍSTICAS GERAIS - M1 Abrams
Guarnição | Comprimento | Largura | Altura |
4 | 9.77 m | 3.66 m | 2.37 m |
Peso | Velocidade máxima (Estrada) | Velocidade máxima (Todo-o-terreno) | Autonomia |
60 Ton | 72 km/h | 49 km/h | 498 Km |
Blindagem | Passagem a vau | Obstáculos verticais | Trincheira |
Casco e torre 350mm contra APFSDS, 700mm HEAT | 1.20 m | 1.24 m | 2.74 m |
Suspensão | Capacidade de combustível | Peso/potência | |
Motorização | |||
1 turbina a Gás Avco Lycoming AGT-1500 de 1 500 cv | |||
Transmissão | |||
Armamento principal | |||
1 canhão M68 A1 de 105 mm raiado | |||
Armamento Secundário/Proteção | |||
2 metralhadoras 7.62 mm e 1 metralhadora de 12.7 mm |
CARACTERÍSTICAS GERAIS - M1A1 Abrams
Guarnição | Comprimento | Largura | Altura |
4 | 9.83 m | 3.66 m | 2.43 m |
Peso | Velocidade máxima (Estrada) | Velocidade máxima (Todo-o-terreno) | Autonomia |
67.6 Ton | 67 km/h | 49 km/h | 465 Km |
Blindagem | Passagem a vau | Obstáculos verticais | Trincheira |
Casco e torre 600mm contra APFSDS, 700mm contra HEAT | 1.07 m | ||
Suspensão | Capacidade de combustível | Peso/potência | |
Motorização | |||
1 turbina a Gás Avco Lycoming AGT-1 500 de 1 500 cv | |||
Transmissão | |||
Armamento principal | |||
1 canhão L44 M256 de 120 mm liso | |||
Armamento Secundário/Proteção | |||
CARACTERÍSTICAS GERAIS - M1A2 Abrams
Guarnição | Comprimento | Largura | Altura |
4 | 9.83 m | 3.66 m | 2.43 m |
Peso | Velocidade máxima (Estrada) | Velocidade máxima (Todo-o-terreno) | Autonomia |
68.7 Ton | 67 km/h | 49 km/h | 426 Km |
Blindagem | Passagem a vau | Obstáculos verticais | Trincheira |
Casco 600mm contra APFSDS, 700mm HEAT e torre 800mm contra APFSDS e 1300mm HEAT | 1.07 m | ||
Suspensão | Capacidade de combustível | Peso/potência | |
Motorização | |||
1 turbina a Gás Avco Lycoming AGT-1 500 de 1 500 cv | |||
Transmissão | |||
Armamento principal | |||
1 canhão L44 M256 de 120 mm liso | |||
Armamento Secundário/Proteção | |||
VARIANTES E VERSÕES
M1 Abrams |
Carro de combate principal |
Os modelos M1 estão equipados com uma turbina a gás Lycoming Textron de 1500 cv, acoplados a uma transmissão hidrocinética Allison com 4 marchas para a frente e 2 para trás, o que lhe permite uma autonomia, sem reabastecimento, até 442 km e uma velocidade máxima de 72 km/h. O seu armamento principal é um canhão raiado de 105 mm que, devido aos uso de computador balístico digital, tanto pode ser usado eficazmente de dia como de noite. O casco é dotado de armadura baseada na tecnologia Chobham britânica ao qual, em caso de necessidade, pode ser adicionada blindagem reativa. Como medida para aumentar a capacidade de sobrevivência da tripulação em caso de ataque inimigo, tanto o compartimento para o combustível, como para as munições, são blindados. |
M1A1 Abrams |
Carro de combate principal |
A versão M1A1, produzida entre 1985 e 1993, foi o primeiro aperfeiçoamento do M1. Uma das principais alterações foi a substituição do canhão principal de 105 mm por um novo canhão Rheinmetall de alma lisa de 120 mm, o que requereu uma nova torre. Este novo canhão permitia uma grande precisão a 4000 metros de distância. Nesta versão também foram realizadas melhorias ao nível da suspensão, blindagem e sistemas NBQ, com alertas para a existência de agentes nocivos. Como armamento secundário está equipado com uma metralhadora de 12,7 mm para o comandante e uma metralhadora de 7,62 mm para o municiador, além de uma coaxial de 7,62 mm. O comandante do tanque dispõe de 6 periscópios que lhe dá uma visão integral de 360 graus. Dispõe ainda de visualizador térmico independente, designação de alvos digital e é ele que aciona o dispositivo que permite o disparo do canhão. Já o motorista possui 3 periscópios, sendo o central equipado com um intensificador noturno o que permite que este consiga conduzir o tanque mesmo de noite ou com a existência de poeira ou fumo. A Guerra do Golfo foi a oportunidade para se avaliar o desempenho do M1A1 em situação real de combate, pois aí teve que enfrentar os tanques de origem Russa T-72 equipados com um canhão de 125 mm e tecnologia similar à dos Abrams, bem como os tanques mais antigos, igualmente tidos por perigosos como os T-62 e T-54. O M1A1 foi superior a todos eles, muito sobretudo devido a duas capacidades. Por um lado a possibilidade de disparar em movimento, mesmo em terreno acidentado, graças ao canhão estabilizado e equipado com dispositivos de visão térmica que permitiam ver sob condições adversas, como de noite, com fumo ou poeira, e, por outro lado, uma grande precisão do disparo, mesmo a distâncias de 4000 metros, ao invés dos tanques inimigos que só conseguiam acertar no alvo a distâncias inferiores a 2000 metros. |
M1A1 Abrams |
Carro de combate principal |
O US Army está a converter os seus M1 em M1A2. A principal inovação nesta nova versão é a capacidade de comando e controlo que resultam no aumento da sua letalidade já que possui sistemas de controlo ambiental e alta capacidade de partilha de dados com outras unidades em tempo real. Ou seja, os seus sistemas estão integrados aos sistemas táticos e logísticos do comando central que sabe em tempo real onde estão as suas unidades posicionadas no terreno e assim mais facilmente pode delinear a melhor estratégia. Os M1A2 incorporam uma unidade APU de alta capacidade que permite operar os sistemas mesmo com o motor principal desligado. Foram ainda desenvolvidas algumas variantes do M1A2, designadas por M1A2SEP. Estes veículos dispõem de sistemas de informação mais apurados e apresentam as soluções de tiro ao comandante na forma de uma lista de opções de forma automática, bastando a seleção pretendida para que o processo se inicie de uma forma totalmente independente dos operadores, aumentando assim a eficácia pela maior precisão e velocidade de resposta. |
PRINCIPAIS UTILIZADORES
País: | E.U.A.; Egipto; Arábia Saudita; Kuwait; Iraque; Austrália |
Egito | - 1 005 unidades de M1A1 |
Arábia Saudita | - 373 unidades de M1 Abrams |
Kuwait | - 218 unidades de M1A2 |
Iraque | - 140 unidades de M1A1 |
Austrália | - 59 unidades de M1A1 |
HISTORIAL
Desenvolvimento
O M1 Abrams é o MBT (Main Battle Tank – Tanque de Combate Principal) padrão tanto das forças blindadas do US Army como do US Marine Corps. Entrou ao serviço em 1980 e desde então já foi produzido em 3 versões: O M1, o M1A1 e o M1A2, sendo que mais de 9000 unidades das três versões já foram entregues aos seus diferentes operadores.
As especificações iniciais pedidas às equipa de projetistas não eram fáceis, já que, entre outras, era-lhes pedido a conceção de um veículo que desse grande ênfase à sobrevivência da tripulação, que possuísse grande probabilidade de impacto certeiro ao primeiro disparo, com rapidez para fixar e alcançar o alvo, com boa mobilidade em terrenos difíceis e sobrevivência do material em caso de ataque inimigo. No início de 1972, o Exército dos Estados Unidos pediu o desenvolvimento de protótipos à General Motors e à Chrysler e este projeto teve a designação de XM815.
Em outubro de 1973 começou a guerra de Yom Kippur no Médio Oriente. Aí ocorreram as maiores batalhas entre carros de combate desde a II Guerra Mundial. As forças israelitas usaram, sobretudo, os M60 de origem norte-americana contra os T-62 de origem soviética operados pelos sírios e os egípcios. Uma das grandes novidades desse conflito foi a massiva utilização de mísseis antitanque AT-3 e de lança-rockets RPG-7 de origem soviética. Assim, era imperativo que o projeto do XM815 contemplasse todas as lições aprendidas durante essa guerra. O projeto sofreu algumas alterações, nomeadamente com a incorporação da blindagem Burlington, e foi redesignado de XM1.
Os primeiros exemplares para a fase de validação foram entregues entre janeiro e abril de 1976. A 11 de Novembro desse mesmo ano, a Chrysler é declarada vencedora do concurso e, em fevereiro de 1978, entrega os primeiros exemplares para avaliação. A 6 de maio de 1979 é autorizada a produção do XM1, que é novamente redesignado para M1 Abrams, assim batizado em homenagem ao General Creighton Abrams, antigo general do exército dos Estados Unidos que se destacou no comando de blindados durante a 2ª Guerra Mundial.
O M1 Abrams veio substituir o M47 Patton e o M60 Patton e é considerado um dos melhores MBT’s do mundo. Tal facto deve-se tanto à sua excelente blindagem, como à moderna e elevada quantidade de tecnologia incorporada nele que, em conjunto e operadas por equipas muito experientes, lhe permite enfrentar praticamente qualquer adversário independentemente do cenário em que o confronto ocorra. Este extraordinário veículo pode atuar sob qualquer condição meteorológica e tanto de dia como de noite. Pode também operar em campo de batalha não linear, como é caraterística dos atuais conflitos, oferecendo aos seus tripulantes poder de fogo, capacidade de manobra e proteção blindada através do uso de sistemas inteligentes de fusão de dados digitais que oferecem alto nível de consciência situacional.
O Abrams teve seu batismo de fogo em 1990 quando os EUA e as forças da coligação participaram na Guerra do Golfo a fim de libertar o Kuwait da invasão e ocupação que sofreu por parte do Iraque. Na altura existiam muitas dúvidas sobre a capacidade operacional destes veículos, sobretudo num cenário tão difícil e hostil como o deserto já que a areia e o calor poderiam requerer grande manutenção aos veículos e as suas instalações de manutenção estavam muito distantes, em plena América.
Também a logística implicada no transporte do Abrams para o campo de batalha se mostrou muito complicada pois, por exemplo, os Lockheed C-5 Galaxy só conseguiam transportar 1 tanque por viagem devido a um peso por unidade superior a 60 toneladas e o transporte por via marítima era bastante demorado. Assim, mesmo antes de entrar em combate o Abrams mostrou a sua grande limitação. A falta de mobilidade estratégica. No entanto, essa característica também era partilhada por outros MBT´s como por exemplo o Challenger II usado pelos ingleses.
Porém, quando o conflito teve início, não houve nenhum tanque inimigo capaz de lhe fazer realmente frente, nem os T-72 de fabrico Russo. Nenhum Abrams foi destruído em combate e os que sofreram danos foi sobretudo devido a rebentamentos de minas. De realçar, contudo, que não ocorreram baixas entre as tripulações. Houve poucas falhas mecânicas e sua disponibilidade manteve-se nuns incríveis 90%.
Para além dos EUA, o M1 Abrams equipa alguns exércitos de países aliados como o Egito, a Arábia Saudita, a Austrália e o Kuwait.
GALERIA
VIDEOS
PROFILES
M1A1 Abrams | ||
Companhia Charlie, 2-68 Armor, Task Force Eagle, 1ª Divisão Blindada, Bósnia-Herzegovina, agosto de 1996 | ||
INFORMAÇÃO ADICIONAL / FONTES
Sites e Blogs | |||
Wikipedia-Pt | Wikipedia-Eng | ||
Bibliografia | |||
Carros de Combate Blindados - Editorial Estampa | Model Military International - Issue 03 - 07/2006 | Model Military International - Issue 0138 - 10/2017 | Military Modelcraft International Vol.23 N.08 - 06/2019 |