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BMP-1 |
- Veículo blindado de combate de infantaria - União Soviética (1966) - |
By Lance Corporal Lanham [Public domain], via Wikimedia Commons
País de origem | Fabricante |
União Soviética | Kurgan Engineering Works (KMZ) |
Produção total | Serviço |
+ de 20 000 veículos | 1966 - Presente |
Período Histórico | Principais utilizadores |
Rússia; China; Geórgia; Egipto, Síria, ... |
RESUMO HISTÓRICO
O BMP-1, que significa Boyevaya Mashina Pekhoty ou literalmente "Veículo de combate de infantaria", foi criado nos anos 60 do século passado e fez parte da primeira geração de veículos blindados de transporte de tropas produzidos em massa pela União Soviética.
Os soviéticos acreditavam que nas futuras guerras seriam utilizadas armas nucleares, químicas e biológicas e, por causa disso, começaram a desenvolver não só tanques mas também veículos como o BMP-1 que permitiam o rápido transporte de tropas, tanto em cenários mais “tradicionais”, como em terrenos irregulares/devastados ou pelo meio de escombros provocados por bombardeamentos, como em cenários mais “apocalípticos” repletos de contaminação radioativa, química e bacteriológica.
Nesse contexto, o BMP-1 foi desenvolvido com a função de aumentar a mobilidade e proteção da infantaria, além de fornecer apoio com armas leves aos soldados e restantes veículos blindados no campo de batalha. Este novo veículo não se limitava a descarregar os soldados no campo de batalha e depois regressar para a segurança da retaguarda mas antes acompanhava as tropas desembarcadas e fornecia-lhes apoio próximo.
O BMP-1 permitia a todos os elementos da sua lotação, o combate a partir do seu interior e tinha ainda a possibilidade de destruição de veículos ligeiros inimigos já que estava equipado com um pequeno canhão.
Para fornecer proteção aos elementos que transportava, o BMP-1 possuía uma blindagem capaz de resistir a projeteis de 12.7mm (23mm na parte frontal) e fragmentos de artilharia. Para além disso, possuía um perfil muito inclinado o que aumenta bastante a probabilidade de ricochete.
Quando apareceu provocou alarme nas forças da NATO já que por essa altura os forças ocidentais não dispunham de nada comparado a ele, quando muito o M113, mas com muito menor blindagem e um armamento mais fraco. A NATO designou-o por M-1967, BMP e BMP-76PB.
O BMP-1 era construído em aço soldado laminado e com capacidade anfíbia permitindo atravessar pequenos trajetos de águas calmas. Para isso basta erguer uma proteção dianteira contra ondas, o que oferece alguma proteção balística adicional, sendo a propulsão assegurada pelo andar das lagartas. Com esse método consegue-se uma velocidade na ordem dos 8 km/hora. Salienta-se, no entanto, que o BMP-1 não tem capacidade para desembarque marítimo.
O condutor está posicionado à frente, no lado esquerdo, com o motor a sua direita. Dispõe de 3 periscópios, podendo ser instalados periscópios com intensificador de visão noturna binocular. Atrás dele posiciona-se o comandante do tanque. O posto do comandante dispõe de um holofote infravermelho, removível, com dispositivo binocular com ampliação e modo dia/noite para 400 metros e radio comunicador. O operador de armas da torre posiciona-se um pouco mais atrás, numa posição mais central. A torre é de operação elétrica e o seu giro é prejudicado pela posição do holofote que requer a elevação da arma principal para ser feito. Quando a arma está apontada para trás impede a abertura das escotilhas de acesso ao interior. O operador de armas dispõe de um periscópio dual dia/noite com ampliação 6x e intensificador noturno, telémetro ótico e holofote infravermelho/luz branca.
No compartimento traseiro são transportados até 8 soldados. Esse compartimento, na realidade, não dispõe de muito conforto nem espaço (já que, entre outras coisas, o BMP-1 é muito baixo e não possui ar condicionado). Por exemplo, geralmente o equipamento pessoal segue na retaguarda exterior do veículo o que limita, uma vez mais, o uso do armamento da torre já que impede que esta gire livremente nos 360 graus possíveis.
O acesso ao compartimento traseiro pode ser realizado a partir de 4 escotilhas na parte superior do veículo ou a partir de uma grande porta traseira. Esta possui depósitos extra de combustível com os perigos óbvios que isso pode acarretar para as tropas que seguem no seu interior. É por isso que estes depósitos só devem ser utilizados para o transporte de combustível, como forma de aumentar a autonomia, quando o veículo estiver em deslocações longe da linha de frente de batalha. Aí deverão ser preenchidos com areia aumentando assim a proteção dos seus ocupantes.
O armamento do BMP-1 consiste num canhão de baixa pressão 2A28 Grom de 73 mm de operação semiautomática e numa metralhadora PKT de 7,62 mm montada coaxialmente ao canhão.
O veículo está equipado com um motor diesel UDT-20 de 6 cilindros em V de 15,8 litros e 300 cv acoplado uma transmissão manual de 5 marchas com tanque de combustível de 462 litros que lhe proporciona uma autonomia de 600 km. Os tanques de combustível estão localizados entre os assentos da infantaria o que os torna vulneráveis a explosões.
O BMP-1 tem uma velocidade de 65 km/h em estrada e 45 km/h fora dela. Supera obstáculos verticais de 0,7 m e de trincheiras de 2,5 m. Pode operar em inclinações laterais de 25° e superar ladeiras até 35º.
A sua suspensão é do tipo barras de torção que apoiam 6 rodas de cada lado que distribuem o peso do carro sobre as suas lagartas, com polia tratora à frente e tensora trás, que exerce uma pressão sobre o solo de 0,6 kg/cm², podendo atravessar terreno pantanoso e neve. A relação potência/peso é 22,7 cv/ton.
O BMP-1 mede 6,73 m de comprimento, 2,94 m de largura e 2,068 m de altura. Pesa 13,2 ton e mede 0,37 m do solo. A baixa silhueta e compacidade do veículo são alguns dos seus pontos fortes, sendo que a distribuição motor, o compartimento da infantaria e os depósitos de munição se tornaram padrão para muitos APCs/IFVs.
O BMP entrou ao serviço em 1966 e foi exportado para mais de 60 países, muitos deles pertencendo ao Pacto de Varsóvia e ainda permanece no ativo em diversos exércitos de vários países pelo mundo.
Por volta de 1970 sofreu uma atualização no seu armamento por forma a manter-se atualizado e competitivo relativamente aos veículos adversários que entretanto foram surgindo.
Em 1973 foi utilizado, pela primeira vez, em combate real, durante a Guerra do Yom Kippur, quando foi usado pelas forças egípcias e sírias contras as forças israelitas. Aí, não demonstrou um desempenho geral tão bom como o esperado mas a experiência adquirida neste conflito permitiu a evolução para as versões posteriores e o desenvolvimento de outros veículos blindados construídos pelos soviéticos.
Também foi usado nas guerras civis do Afeganistão e pelo Iraque durante a primeira e a segunda guerra do Golfo.
Mais de 20.000 unidades foram produzidas na URSS e nas fábricas licenciadas da república Tcheca, Roménia e Índia. A China produziu uma versão não licenciada, cerca de 3.000 unidades.
Na década de 1980, foram desenvolvidos com novos sistemas de armas como BMP-2 e o BMP-3, para suceder esta versão.
VARIANTES E VERSÕES
BMP-1 |
- Veículo blindado de combate de infantaria - |
Alçado Lateral | ||
Alçado Superior | Alçado Frontal | Alçado Inferior |
Guarnição | Comprimento | Largura | Altura |
3 + 8 | 6.74 m | 2.94 m | 2.06 m |
Peso | Velocidade máxima (Estrada) | Velocidade máxima (Campo) | Capacidade de combustível / Autonomia |
13.2 Ton | 65 km/h | 45 km/h | 462 Litros / 600 Km |
Blindagem | Passagem a vau | Obstáculos verticais | Trincheiras |
6 a 33 mm | m | 0.7 m | 2.5 m |
Motorização | |||
1 motor diesel UDT-20 de 6 cilindros em V de 15,8 litros e 300 cv | |||
Armamento | |||
Principal: 1 canhão de baixa pressão 2A28 Grom de 73 mm de operação semiautomática | |||
Secundário/Proteção: 1 metralhadora PKT de 7,62 mm montada coaxialmente ao canhão |
PROFILES
INFORMAÇÃO ADICIONAL
Sites e Blogs | ||
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Bibliografia | ||
Última atualização da página: 11/09/2018