Sd.Kfz 251/ Mittlerer Gepanzerter Mannschafttransportwagen (MTW)

Bundesarchiv, Bild 101I-801-0664-37 / CC-BY-SA 3.0 [CC BY-SA 3.0 de], via Wikimedia Commons

VARIANTES E VERSÕES

A Blitzkrieg ou guerra-relâmpago foi uma tática militar que consistia em utilizar forças móveis em ataques rápidos e de surpresa, com o intuito de evitar que as forças inimigas tivessem tempo de organizar a defesa. O arquiteto dessa tática militar foi o general alemão Erich Von Manstein, porém, foi também bastante aperfeiçoada pelo general alemão Heinz Guderian, no final da década de 30 do século passado.

O efeito desejado pela guerra-relâmpago só poderia ser alcançado pela utilização coordenada dos blindados, da infantaria e da aviação, que agiam conjuntamente para abrir nas linhas inimigas um ponto de rutura que permitisse o avanço pelo interior do campo inimigo o mais rapidamente possível. Se encontravam um foco de resistência, este era imediatamente contornado. As suas comunicações eram interrompidas (o que dificultava a tomada de decisões e a transmissão de ordens) e esse foco de resistência era destruído mais tarde pelas forças de infantaria que atuavam na retaguarda, ou seja, a seguir ao ataque-surpresa.

Esta tática levava à descoordenação do inimigo, mas exigia uma infantaria motorizada e blindada capaz de acompanhar as forças blindadas. E é aqui que entram veículos como o Sd.Kfz 251.

A guerra civil espanhola serviu ao exército alemão para testar esta sua tática militar. Aí ficaram bem claras as limitações dos ataque de blindados, se estes agissem sozinhos, já que se mostravam alvos relativamente fáceis para as peças antitanque uma vez que a sua velocidade e capacidade de manobra eram bastante limitadas em áreas densamente arborizadas, em estradas de montanha, dentro de povoações, etc… Assim era imprescindível que fossem acompanhados por tropas de infantaria que tinham maior facilidade em anular esse tipo de forças inimigas. Tornou-se assim claro que a proteção próxima da infantaria era necessária para o êxito da Blitzkrieg e surgiu a questão de qual o veículo a usar para essa tipologia de missão.

O próprio Guderian propôs a construção de um veículo específico para transportar a infantaria de apoio. Este novo veículo deveria permitir que a infantaria, mesmo em movimento, continuasse o combate, pelo que deveria ser blindado e armado, e, em caso de necessidade, permitir uma célere saída das tropas para o combate a pé. Nesse sentido, ele teria que ser rápido e ter um bom desempenho todo-o-terreno para poder acompanhar os blindados e ser de simples construção e barato, de forma a poder ser construído rapidamente e em grande número.

Por forma a acelerar o processo de construção testaram-se vários veículos já em produção mas nenhum correspondeu inteiramente às expetativas desejadas. No entanto, foi selecionado o semilagarta Sd.Kfz 11, fabricado pela Hanomag, para servir de base ao novo veículo. Este foi desenvolvido muito rapidamente e tomou a designação inicial de Mittlerer Gepanzerter Mannschafttransportwagen (MTW), que foi mais tarde normalizado para Sd.Kfz 251 Ausf A.

Apesar de o Sd.Kfz 251 ter tido um desenvolvimento muito rápido, foi um dos melhores veículos alemães a operar durante toda a 2ª Guerra Mundial e, na prática, teve a sua génese no mesmo pedido que deu origem ao Sd.Kfz 250. No entanto, a série 251 era uma viatura mais pesada e maior. Entrou ao serviço em 1939 e foi um dos veículos mais produzidos pelos alemães, já que entre todas as versões a que deu origem foram fabricadas mais de 15000 unidades.

Na sua versão base dispunha de uma blindagem frontal com 14.5 mm de espessura e uma blindagem lateral com 8 mm de espessura que era complementada com um perfil em “V” muito inclinado que favorecia o ricochete de balas de armas ligeiras e estilhaços de granadas e outros explosivos. Quase todas as versões que se construíram eram armadas, sendo que a versão padrão de transporte de tropas estava equipada, à frente, com uma metralhadora MG 34 ou MG 42 de 7,92 mm e, frequentemente, com uma segunda metralhadora, na traseira, para suporte antiaéreo. No entanto a tipologia de armamento diferia consoante a versão.

Todos os Sd.Kfz 251 foram concebidos para operar com as divisões Panzer e ao longo de toda a 2ª Guerra mostraram ser rápidos, robustos e fiáveis. Ao longo da sua construção houve quatro modificações principais no modelo (Ausführung A a D), que estiveram na base de, pelo menos, 22 variantes. Cada versão era identificada com um “/” e um número, seguido pela designação da base Ausführung (modelo). Ex: A versão base, que corresponde ao transporte de tropas, tomou a designação de Sd.Kfz251 / 1 Ausf A, B ou C.

O Sd.Kfz 251 foi inicialmente produzido pela Hanomag, mas a esta juntaram-se outros fabricantes por forma a satisfazer as constantes encomendas. Talvez por isso, tanto entre os soldados alemães, como entre os aliados os Sd.Kfz 251, eram conhecidos simplesmente como "Hanomags".

Algumas versões produzidas:

Sd.Kfz 251/1 - Transporte de tropas

Sd.Kfz 251/2 - Para o morteiro de 80 mm

Sd.Kfz 251/3 - Veículo de transmissões

Sd.Kfz 251/4 - Veículo rebocador/ trator do PaK 40 de 75 mm

Sd.Kfz 251/8 - Ambulância

Sd.Kfz 251/9 - Armado com o Howitzer L / 24 de 75 mm

Sd.Kfz 251/10 - Armado com o PaK 36 de 37 mm

Sd.Kfz 251/11 - Transporte de tropas

Sd.Kfz 251/20 – Veículo de busca por infravermelhos

VARIANTES E VERSÕES

RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

O Sd.Kfz 251/1 foi uma viatura blindada de transporte de infantaria concebida para operar com as divisões Panzer.

PROFILES

RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

Esta versão foi introduzida no final de 1944 e foi usada sobretudo na Frente Oriental. Estava equipada com um holofote de 60 cm que dispunha de um sistema de busca por infravermelhos com um alcance de 1,5 km a fim de iluminar alvos inimigos, permitindo assim às unidades Panzer ataques noturnos.

Este sistema ficou conhecido por "Uhu" (Eagle Owl) e o seu propósito principal era guiarem os tanques Panther, equipados com visão de infravermelho, para alvos que estavam fora do alcance dos seus próprios holofotes de infravermelho por serem menores e consequentemente menos potentes.

O projetor de infravermelhos tinha uma rotação de 360 graus e era articulado, dobrando-se quando não estava em uso. Ao todo, até ao final da guerra, foram produzidos cerca de 60 veículos.

PROFILES

INFORMAÇÃO ADICIONAL

Sites e Blogs
Wikipedia - Pt	Wikipédia- Eng	Guerra Abierta
Bibliografia
Carros de Combate Blindados - Editorial Estampa	Model Military International - Issue 44 - 12/2009

 Última atualização da página: 27/06/2018