Retirando o que não é necessário |
Não é invulgar uma mesma embalagem de kit permitir a construção de mais do que uma versão do mesmo aparelho. Assim poderão existir peças que são necessárias para uma versão diferente daquela que estamos a construir e que não são, por isso, necessárias para o nosso projeto.
Elas não estão a fazer nada no sprue, por isso aconselhamos a sua remoção por forma a que nos diferentes spues só fiquem as peças que vamos necessitar.
Estas peças não deverão ser colocadas logo no banco de sobras. É preferível só fazer isso no final, isto por duas razões principais. Por um lado algo pode correr mal durante a construção do modelo e poderemos ter necessidade de nos socorrer de peças do mesmo kit e, por outro lado, porque em determinada fase da construção ou pintura poderemos ter que fazer testes e nada melhor do que usar exatamente o mesmo material para ver se a tinta adere bem, se aquele determinado produto corrói ou não, como reage o plástico ao calor para simular amolgadelas e afins, etc…
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Exemplo de um kit com duas opções possíveis de construção |
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Exemplo de uma parte das instruções com a indicação de peças de que não vamos necessitar para a versão que estamos a construir |
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Totalidade das sobras que não iremos utilizar, incluindo com as peças que simulam os vidros. Nesta fase não é necessário contar com os decalques |
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Cruzamento de informação |
A consulta das instruções permite ter uma ideia muito clara de qual será o resultado após o processo de montagem. É então chegada a altura de cruzar esses dados com as pesquisas prévias que fizemos sobre o aparelho que desejamos construir.
Para se obter uma réplica interessante vai ficar surpreendido com as alterações que geralmente é necessário (ou possível) fazer para que o objeto final fique o mais idêntico possível ao original e passe de um simples brinquedo a uma obra de arte.
Relativamente às pesquisas aconselhamos a que se foque em pouco mas bom material, já que muita informação nestes casos não é benéfica, uma vez que por vezes até parece haver grandes divergências entre diferentes fontes de informação. |
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Como tornar o kit mais apelativo |
É quase sempre possível tornar o kit de modelismo mais interessante do que como ele nos chega de fábrica. Um exemplo flagrante acontece com os ailerons (partes móveis dos bordos de fuga das asas de aeronaves de asa fixa) que geralmente vêm embutidos na própria asa ou os lemes de direção que são demasiado estáticos.
Com um especial cuidado estas peças podem ser separadas e coladas de uma forma mais dinâmica e como tal mais real, conferindo uma maior beleza ao resultado final.
A consulta das instruções permite-nos estudar quais as peças a intervencionar, devendo colocar notas na própria folha de instruções, alertando para isso.
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Planear a progressão da montagem |
Quanto mais complexo é um kit de modelismo, mais fases de montagem tem. Assim, se formos a cumprir escrupulosamente o processo de montagem indicado pelo fabricante e adicionarmos os tempos de secagem obrigatórios e recomendáveis para cada fase, o processo de montagem pode-se prolongar por longos tempos.
É necessário estudar muito bem as instruções para ver que fases é que podem estar a ser construídas em simultâneo para que no final tudo encaixe perfeitamente e que as diferentes partes não entrem em conflito umas com as outras.
É necessário estudar também muito bem que partes do kit necessitam de ser previamente pintadas, aplicadas fotogravuras ou decalques sob pena de, posteriormente, ser impossível de o fazer. Relativamente à parte da pintura atrás referida, um correto estudo e planeamento das tarefas permite-nos diminuir o número de vezes que utilizamos as tintas e, eventualmente, o aerógrafo, já que se for tudo bem feito e planeado é feito tudo de uma só vez…
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Algo não bate certo... |
O estudo das instruções e do material de apoio deve ser acompanhado por um olhar atento aos sprues, pois não raras vezes são detectados erros nomeadamente ausência ou colocação errada de determinados elementos. Assim, só temos uma alternativa, meter mãos à obra e rectificar o que está errado ou construir o que falta.
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Exemplo de um painel original |
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Nesta peça não se vêm os mostradores em relevo nem existem decalques para simular os mostradores |
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Primeiras marcações dos locais a furar |
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Peça depois de furada com pequenas brocas |
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Enchimento com peças à medida |
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Painel concluído e muito mais interessante |
Outro exemplo.
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Olhando para as instruções vemos claramente as linhas separadoras dos painéis, mas a peça D4 é completamente lisa |
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Com um esquadro marcamos duas linhas auxiliares tendo em atenção os tamanhos de cada painel |
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Com um x-acto muito afiado ou com uma ferramenta mais apropriada traçamos as linhas separadoras dos paineis |
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Em opção podemos ir mais longe no detalhamento e remover completamente um dos painéis. |
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Resultado final com o painel completamente aberto…
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... ou a ser fechado |
Poderíamos usar resinas ou fotogravuras para cada um dos exemplos pois existem à venda no mercado, mas com tempo e um bocado de trabalho também se conseguem resultados interessantes e substancialmente mais baratos.
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Aguardamos a sua colaboração. Este espaço pode ser para a sua participação |
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