M41 Walker Bulldog

Link original: By Wilson44691 [CC0], from Wikimedia Commons

RESUMO HISTÓRICO

O M41 Walker Bulldog foi um carro de combate ligeiro fabricado nos Estados Unidos e desenvolvido para substituir o M24 Chaffee. O seu nome é uma homenagem ao General Walton Walker, morto num acidente de Jeep na Coreia.

Apesar do sucesso do M24 Chaffee, com a evolução rápida ao nível do desempenho e blindagem que os veículos de combate sofreram logo após a 2ª Guerra Mundial, este começou rapidamente a ficar obsoleto e chegou-se à conclusão que havia a necessidade de equipar o Exército com novos tanques e armas mais efetivas/potentes para melhor poderem fazer frente a uma eventual ameaça comunista da União Soviética. Viviam-se então os primeiros tempos daquela que ficou conhecida como a “Guerra Fria”.

Assim, em 1947, o Exército dos Estados Unidos (US Army) abriu um concurso para o desenvolvimento de um novo carro de combate ligeiro. Esse novo veículo, inicialmente designado como T37, deveria ser extremamente ágil para missões de reconhecimento em campo de batalha, ser aerotransportável e ter ainda a capacidade de enfrentar os tanques soviéticos T-34.

No entanto, restrições orçamentais do período pós-guerra atrasaram a liberação de verbas para a construção dos protótipos pelas empresas concorrentes, tendo estes começado só a ser construídos a partir de 1949.

O projeto apresentado pela Cadilac Co., uma subsidiária da General Motors, foi selecionado para testes adicionais sendo posteriormente definido como vencedor e a sua proposta designada como T41E1, na fase de pré-produção.

O novo veículo foi equipado com um canhão de 76 mm preparado como arma antitanque, o que incrementou sua capacidade antitanque. Depois de alterações no projeto, foi renomeado M41.

Os primeiros oito carros M41 denominados “Little Buldog“ começaram a ser entregues às unidades do US Army em julho de 1951.

As pressões crescentes geradas pelo envolvimento americano na Guerra da Coreia aceleraram a produção do novo veículo e, em março de 1952, já tinham sido produzidas mais de 900 unidades. Por essa altura, o US Army necessitava de um novo tanque para substituir os M24 Chaffee já que este mostrava clara inferioridade frente aos tanques de T-34/85, de origem soviética, usados pela China e Coreia do Norte.

No entanto, entraram ao serviço demasiado tarde para participarem nesse conflito, que terminou em 1953. Foi aí, no entanto, que o tanque ganhou a sua designação final de M41 Walker Bulldog.

Foram entregues ao US Army um total de 1802 veículos. Porém, constatou-se que a produção apressada tinha deixado muitos problemas por resolver e foi necessário recolher e armazenar os veículos no Ordnance Corps Depot, em Ohio, a fim de serem posteriormente convertidos/melhorados.

Após o desbloqueamento de verbas, em dezembro de 1952, foram implementadas cerca de 4000 alterações e melhorias ao projeto original para se conseguir ter finalmente um veículo completamente operacional. O M41 tornou-se um carro de combate ágil e bem armado. Tinha uma boa velocidade em estrada, era fiável mecanicamente e de fácil manutenção. A sua torre, inteiramente soldada, oferecia uma proteção razoável e possuía boas características gerais. Por outro lado, era barulhento, tinha alto consumo de combustível e era bastante pesado, o que comprometia seriamente a capacidade de ser transportado por via aérea. Nascia assim a versão M41A1.

Antes mesmo de seu batismo de fogo, o Walker Buldog foi classificado como inadequado pelo comando do US Army para o emprego em missões aerotransportadas devido ao seu peso pois, apesar de ser classificado como carro de combate ligeiro, na realidade, tinha muitas das características de um carro de combate médio pelo que houve a necessidade de criar um carro de combate ligeiro aerotransportável blindado de assalto e reconhecimento que foi o M551 Sheridan.

Em finais de 1953, os M-24 Chaffee já tinham sido completamente substituídos pelos M41A1 e a sua versão subsequente o M41A2. A versão A2 incorporava um sistema de acionamento hidráulico da torre ao invés de acionamento elétrico original, permitindo assim aumentar a disponibilidade de munições de 76 mm no carro, passando de 57 para 65. Outra alteração importante foi a adoção dos motores a diesel Cummins VTA-903T que representavam um enorme avanço sobre os problemáticos e de alto consumo Continental AOS-895-3, a gasolina, refrigerado a ar de seis cilindros e 500 cv.

Apesar das melhorias implementadas, mesmo na versão final, a M41A3, o modelo nunca conseguiu ser popular entre as tripulações de tanques do Exército Americano, pois muitas vezes os condutores queixavam-se do espaço interior limitado, além de criticarem a altura e o design do veículo, que tanto afetavam a sua capacidade de reconhecimento discreto no campo de batalha.

O Walker Bulldog nunca foi utilizado em combate pelos Estados Unidos. Este só o utilizou em missões de segurança interna.

O batismo de fogo do M41 aconteceu em 1961, durante a operação de invasão a Baia dos Porcos, quando cinco destes tanques foram fornecidos pela CIA aos revolucionários cubanos visando assim fazer frente contra as bases estratégicas protegidas por tanques T-34/85. Nessa operação chegaram, efetivamente, a ocorrer combates entre os tanques de origem soviética e os de origem americana. Mas os M41 acabaram por ficar sem munições e foram abandonados pelas suas tripulações.

Em 1964, como parte do esforço de apoio e modernização das forças blindadas do Exército da República do Vietnam (ARVN), o Comando de Assistência Militar Americano determinou o fornecimento de centenas de tanques M41A3s ao Vietname do Sul. Ao contrário do que acontecia com as tripulações americanas, aí o modelo tornou-se muito popular entre os tripulantes da ARVN já que, por um lado, estes geralmente eram de uma menor estatura que os seus congéneres americanos e assim não tinham o mesmo desconforto quando operavam dentro do espaço interior limitado do tanque e, por outro, estavam habituados a tanques de qualidade muito inferior, pelo que o M41 representava um grande salto qualitativo.

Durante a guerra do Vietnam, o M41 defrontou com algum êxito tanques de origem soviética, no entanto, mostrou sérias limitações frente aos tanques T-54, levando ao desenvolvimento de novos carros de combate como o M47 Patton, determinando assim o encerramento da produção do Walker Buldog, em 1954.

Os últimos Walker Bulldogs foram entregues à ARVN em 1972. Durante a queda de Saigão muitos dos M41 restantes foram abandonados pelas suas tripulações e capturados, sendo posteriormente incorporados ao exército do Vietnam.

O M41, apesar de não reunir consensos, foi exportado para muitos países tendo a sua produção total atingido as cerca de 5500 unidades. A partir dele foram desenvolvidas muitas versões/variantes.

VARIANTES E VERSÕES

RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

Versão original equipada com um canhão de 76mm.

Esta versão foi construída à pressa a fim de poder participar na Guerra da Coreia e houve um sem número de problemas que não foram atempadamente resolvidos o que levou a que fossem posteriormente recolhidos e armazenados no Ordnance Corps Depot, em Ohio, até serem convertidos/melhorados.

PROFILES

RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

No M41A1 foram implementadas cerca de 4000 alterações e melhorias ao projeto original para se conseguir ter finalmente um veículo completamente operacional.

PROFILES

RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

As duas principais alterações nesta versão foram a instalação de um sistema de acionamento hidráulico da torre ao invés de um sistema de acionamento elétrico que existia nas versões anteriores com um consequente aumento da quantidade de munições de 76mm no veículo de 57 para 65 tiros e a troca do motor Continental AOS 895-3, com carburador, pelo motor AOS 895-5, com injeção de combustível.

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RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

Substituição nas unidades do M41 e M41A1 do motor original por um novo motor Continental AOS 895-5.

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RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

No final da década de 50 do século passado, o Ministério do Exército Brasileiro resolveu iniciar um processo de modernização dos seus meios blindados que até então estavam equipados com carros de combate recebidos durante a 2ª Guerra Mundial e já bastante obsoletos.

O modelo escolhido para essa modernização foi o americano M41 Walker Bulldog, no entanto, foi decidido realizar nele grandes modificações pela indústria brasileira, com o objetivo de nacionalizar componentes e reduzir a dependência externa, além de também se pretender ultrapassar deficiências/problemas entretanto identificados no modelo original.

Assim, num primeiro modelo designado M41B, foram instalados motores diesel Scania V8 DS14 de fabrico nacional que proporcionavam uma autonomia de 550 km, face aos 161 km  de autonomia originais. Para isso houve a necessidade de realizar um alongamento da parte traseira do veículo, o que acabou por ter uma série de consequências inesperadas já que com isso foi alterado o centro de gravidade do veículo, resultando num desgaste prematuro das lagartas e quebra frequente do eixo de transmissão, problemas esses nunca inteiramente resolvidos.

Este modelo foi seguido pelo M41C e nele foram adicionadas blindagens frontais, instalados periscópios nacionais e um canhão de 90 mm. As lagartas também foram substituídas e colocadas saias de proteção laterais para elas. O sistema elétrico foi substituído e instalados lançadores de granadas fumígenas. Ainda foram realizadas outras pequenas alterações, no entanto, mesmo assim também no Brasil o M41 deixou muito a desejar…

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RESUMO DA VARIANTE/VERSÃO

Sistema de defesa antiaéreo autopropulsado, baseado no chassi do M41. Dois canhões Bofors 40mm foram montados na torre.

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Bibliografia
Carros de Combate Blindados - Editorial Estampa

 Última atualização da página: 21/09/2018