Grumman F7F Tigercat

O Grumman F7F Tigercat foi um caça-bombardeiro naval, operado pela Marinha dos Estados Unidos (USN) e pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (USMC), desde finais da 2ª Guerra Mundial até 1954. Constituiu um dos últimos desenvolvimentos da tecnologia dos caças equipados com motores de pistons.

O desenvolvimento do F7F remonta a 30 de junho de 1941, quando foram emitidas as especificações para o desenvolvimento de protótipos para um novo caça-bombardeiro a fim de equipar os novos porta-aviões da classe Midway. As especificações exigiam um avião equipado com 2 motores, com altas performances, que pudesse chegar rapidamente a grandes altitudes, tivesse um longo raio de ação e muito poder de fogo.

A Grumman, que já pretendia construir um caça bimotor bem-sucedido desde os finais dos anos 30, apresentou um projeto de avião com uma fuselagem altamente aerodinâmica, com os motores instalados nas porções medianas das asas e trem de aterragem do tipo triciclo retrátil. Aliás, foi a primeira vez que essa tipologia de trem de aterragem foi instalada num aparelho naval. Já o armamento era constituído por 4 canhões de 20 mm e 4 metralhadoras com um calibre de 12,7 mm, podendo ainda transportar até 900 Kg de bombas ou então 1 torpedo em pontos fixos sob a fuselagem.

O protótipo, designado de XF7F-1, realizou o seu primeiro voo em dezembro de 1943. Durante os testes de avaliação do aparelho ficou patente a falta de experiência do fabricante na construção desse tipo de aparelhos, o que se traduziu num programa de desenvolvimento muito demorado o que atrasou a entrada do avião em serviço. De entre os problemas detetados pode-se destacar a falha nos testes de aterragem em porta-aviões devido a problemas de estabilidade a baixa velocidade quando operava com um único motor. A correção desse problema implicou a ampliação do estabilizador vertical e do leme, mas as alterações que foram necessárias implementar só foram ultimadas em 1945, com a versão F7F-3. Porém, por essa altura, a Marinha tinha dado primazia aos caças Corsair e Hellcat e somente uma variante tardia, designada de F7F-4N, foi certificada para operações a partir de porta-aviões da classe Midway já que era demasiado grande para operar a partir de porta-aviões mais antigos e mais pequenos.

Ainda assim, mesmo antes de terminados os testes de avaliação, a Grumman recebeu uma encomenda para a produção de cerca de 300 aparelhos para os Fuzileiros Navais. Acabou, contudo, por chegar demasiado tarde para participar na 2ª Guerra Mundial, embora por altura da rendição do Japão já dois esquadrões de F7F’s estivessem em missões de treino.

Posteriormente foi realizado um novo contrato para a produção de mais 60 aparelhos F7F-3Ns e 13 F7F-4Ns, tendo a produção sido encerrada em finais de 1946, com 364 aparelhos fabricados.

Durante a Guerra da Coreia, o Tigercat, operando a partir de bases terrestres, foi utilizado em missões de reconhecimento e apoio às forças terrestres, mas sobretudo em missões como um caça noturno. Os aparelhos que atuavam como caças noturnos possuíam um nariz alongado, a fim de alojar o radar, e as missões visavam principalmente o ataque a comboios de abastecimento inimigos.