Fiat G.50 Freccia

O Fiat G.50 Freccia ("Flecha") foi um avião de caça monoplano italiano projetado Giuseppe Gabrielli (dai sua sigla) e fabricado pela Fiat um pouco antes do início da 2ª Guerra Mundial.

O desenvolvimento do Fiat G.50 remonta a 1936, altura em que foi lançado um concurso tendo em vista a construção de um caça monoplano a fim de modernizar a Régia Aeronáutica. A esse concurso concorreram pelo menos seis projetos diferentes e embora o Macchi C.200 Saetta tenha sido o projeto final vencedor, o Fiat G.50, beneficiou do Programa R, um extenso programa para reequipar a Força Aérea Italiana, e também foi selecionado para a produção em série, que aconteceu, antes mesmo Macchi C.200.

O Fiat G.50 realizou seu primeiro voo em fevereiro de 1937 e os voos de testes que se seguiram decorreram bem. Assim, um pedido inicial para 45 unidades foi feito em setembro de 1937.

O Fiat G.50 era um avião totalmente metálico, com trem de aterragem retrátil, cockpit fechado e para a história ficou como o primeiro monoplano italiano a ser produzido em série.

As primeiras unidades começaram a ser entregues à Força Aérea Italiana no início de 1938 e cerca de uma dúzia, do primeiro lote dos G.50, foi enviada para reforçar a Aviazione Legionaria, que combatia na Guerra civil espanhola a fim de ser testado em combate. Nesse conflito deram mostras de uma extraordinária velocidade para a época já que atingia os 470 km/h, velocidade similar à velocidade média de aviões como as primeiras versões do Messerschmitt Bf-109 e do Polikarpov I-16. Para além disso, tal como a maioria dos aviões italianos o G.50 apresentava uma excelente manobrabilidade.

No entanto, o armamento constituído por duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7 mm não se mostrou adequado, o que não lhe permitiu alcançar a performance geral que os pilotos desejavam. Para além disso os pilotos também não gostavam do teto deslizante da carlinga, o qual não se abria facilmente e interferia na visibilidade, de modo que na produção dos 200 aparelhos seguintes foi adotada uma carlinga aberta. No entanto, o escasso armamento não foi alterado, mas foram adicionadas carenagens para as rodas retráteis.

Para responder às encomendas a produção na fábrica CMASA, em Marina di Pisa, teve também início em 1939 e foi aí que a maioria dos 683 aparelhos fabricados foram efetivamente produzidos.

A principal versão produzida foi o G.50bis, com novo perfil de fuselagem que melhorava a visão do piloto, maior blindagem e tanques autoselantes. Outras versões incluíram o G.50B, de treino, com assentos em tandem, dos quais 139 foram construídos; o G.50ter, com motor mais potente; protótipos do G.50bis-A, com quatro metralhadoras de 12,7 mm e suporte para duas bombas, e o G.50V, com motor DB 601A.

Porém, em 1940, quando a Itália entrou na guerra o G.50 já se encontrava claramente obsoleto.  Ainda assim foi exportado para a Finlândia que, em 1940, adquiriu 35 aparelhos que prestaram um excelente serviço contra as forças inimigas.