Arado SD (Série)

O Arado SD I foi um avião biplano de caça alemão produzido em 1927 e foi um dos primeiros novos aviões de caça concebidos na Alemanha após a 1ª Guerra Mundial.

Devido às restrições impostas pelo tratado de Versalhes a Alemanha, ainda sob a República de Weimar, começou em segredo a desenvolver uma pequena secção de aviação dentro do Ministério da Defesa (Reichswehr Ministerium) em 1921, e a partir de 1923 as tripulações aéreas começaram a ser enviadas para Lipetsk, na União Soviética, a fim de serem treinadas.

Ao mesmo tempo, foram emitidas especificações para novos aviões militares, entre os quais um caça monolugar. É neste contexto que surge o Arado SD I, destinado eventualmente a equipar a força aérea clandestina que a Alemanha estava a montar em Lipetsk.

O projeto do SD I foi concebido por Walter Rethel, um antigo empregado da Fokker, apresentando uma configuração convencional com uma estrutura de tubo de aço soldado, revestida de metal à frente do cockpit e coberta de tecido na parte posterior da fuselagem. As asas, em sesquiplano (biplano com uma asa significativamente menor do que a outra - neste caso a asa inferior), eram de madeira, cobertas por contraplacado e tecido, e escoradas com escoras interplanares do tipo N, sem quaisquer fios - uma característica típica da Fokker.

Foram construídos dois protótipos, com o primeiro a fazer o seu voo inaugural em 1927. Estava equipado com um motor radial Gnome-Rhône Jupiter e armado com duas metralhadoras de 7,92 mm.

Em voo, o desempenho e o controlo revelou-se dececionante excepto a velocidades muito baixas. Também surgiram dúvidas quanto à solidez estrutural do aparelho. O primeiro protótipo SD I foi destruído num acidente em Rechlin, a 11 de outubro de 1927, do qual resultou a morte do piloto e o projeto foi cancelado passando o desenvolvimento para o Arado SD II e Arado SD III.

O Arado SD II foi um avião biplano de caça alemão dos finais dos anos 20 do século passado destinado eventualmente a equipar a força aérea clandestina que a Alemanha estava a montar em Lipetsk, na Rússia.

Com o SD II pretendia-se ultrapassar as deficiências encontradas no SD I e embora fosse muito semelhante e partilhasse com ele a mesma configuração base, tratava-se de um projeto totalmente novo. Era consideravelmente maior, mais pesado e possuía um trem de aterragem e uma estrutura e substancialmente reforçada.

A construção era mista com uma fuselagem de tubos de aço soldado, asas de madeira e estava revestido com uma mistura de contraplacado e tecido. Era alimentado por um motor radial de nove cilindros Júpiter VI da Siemens e Halske que debitava uma potência máxima de 530 cv que acionava uma hélice de três pás de grande diâmetro. Apesar de um motor mais potente o aumento em quase 50% no peso total do avião comprometeu a prestação do avião sendo este significativamente mais lento do que o SD I.

Foi construído um único protótipo, que fez o seu voo inaugural em 1929, que competia diretamente contra o Heinkel HD 37. Foi considerado como tendo características de controlo de voo bastante difíceis e indesejáveis pelo que o desenvolvimento foi cancelado. No entanto, o SD II assim como o SD III, forneceram uma importante base de conhecimentos e experiências para a produção do Arado Ar 64 e Ar 65.

O Arado SD III foi um avião biplano de caça alemão dos finais dos anos 20 do século passado destinado eventualmente a equipar a força aérea clandestina que a Alemanha estava a montar em Lipetsk, na Rússia.

O SC III foi desenvolvido ao mesmo tempo que o SD II e partilhava com ele a maior parte da conceção. As principais diferenças estavam relacionadas com a instalação do motor, que por sua vez exigia uma fuselagem dianteira mais curta e um trem de aterragem redesenhado.

Avaliado em Staaken, Rechlin e finalmente em Lipetsk, foi considerado impróprio para a produção em série, mas as lições aprendidas com ele provaram ser inestimáveis para a Arado na conceção do Ar 64 e do Ar 65.