Aérospatiale (Fouga) CM.170 Magister

O Aérospatiale (Fouga) CM.170 Magister foi um avião militar de treino, desenvolvido e fabricado inicialmente pela empresa francesa Aérospatiale e posteriormente pela Potez. Para além do treino de pilotos, foi também utilizado para missões de ataque ligeiro ao solo e durante algum tempo também equiparam a patrulha acrobática francesa “Patrouille de France”.

Devido a fusões industriais, o avião tem sido conhecido por várias designações como Fouga CM.170 Magister, Potez (Fouga) CM.170 Magister, Sud Aviation (Fouga) CM.170 Magister e Aérospatiale (Fouga) CM.170 Magister, dependendo de onde e quando foram construídos.

Projetado por Castello e Maboussin, o desenvolvimento do Fouga remonta a 1948 e o intuito era aproveitar a tecnologia de propulsão a jato, recentemente desenvolvida para motorizar um avião de treino básico, acabando assim por se tornar no primeiro avião a jato do mundo a ser fabricado expressamente para a função de treino.

Por estranho que possa parecer, o Fouga Magister foi desenvolvido a partir do planador Fouga CM.8. Tatava-se de um avião bilugar, sendo que o que mais se destaca no seu design era a característica da cauda em forma de borboleta. No entanto, os seus pilotos garantiam que era um aparelho fácil e agradável de pilotar.

Depois de variados testes optou-se por equipar o Magister com dois turborreatores Turbomeca Marbore IIA, podendo ainda, opcionalmente, ser equipado com 2 metralhadoras no nariz e até 140 Kg em armamento diverso em suportes subalares.

O primeiro voo ocorreu a 23 de julho de 1952 e a primeira encomenda de produção em série para a Armée de l’Air foi realizada a 13 de janeiro de 1954. Esta acabou por adquirir um total de 437 aparelhos, que incluíam uma versão naval equipada com um gancho que se denominou CM.75 Zephyr.

Em 1958, a empresa Fouga foi adquirida pela Potez, mas o Magister continuou a ser produzido em diversas versões para vários clientes internacionais, entre os quais Israel que, em 1967, os utilizou durante a guerra dos seis dias.

No total foram fabricados quase um milhar de exemplares para a França e para outros países, que incluíam versões produzidas soblicença na Alemanha Ocidental, Finlândia e Israel.

Muito possivelmente este aparelho só não teve mais sucesso pois tinha uma autonomia muito baixa e exigia pistas de aterragem devidamente preparadas para esse fim.